Da primeira vez que vi trabalhos dele, este particularmente que se chama "As Ceifeiras", escrevi o poema que aqui deixo hoje.
De ti se agarra à terra
A seiva feita suor
Do corpo que sobre a terra dobras
Cortando o trigo
Ceifando até à última espiga
Duramente
Debaixo desse sol que te castiga
Por ti escorre a água
Que do céu cai
E te encharca até à alma
A água
Acompanhada por esse vento
Que em força te fustiga
Na terra
Se concentra o pó e a água
Que enquanto trabalhas
Se te cola aos pés
Comprometendo-te para a vida
A seiva feita suor
Do corpo que sobre a terra dobras
Cortando o trigo
Ceifando até à última espiga
Duramente
Debaixo desse sol que te castiga
Por ti escorre a água
Que do céu cai
E te encharca até à alma
A água
Acompanhada por esse vento
Que em força te fustiga
Na terra
Se concentra o pó e a água
Que enquanto trabalhas
Se te cola aos pés
Comprometendo-te para a vida